Sol: Você tá usando o perfume que eu te dei.. - Se solta lentamente do abraço e sorri ao sentir o aroma.
Rafa: Gosto desse perfume.. - Sol sorri mais um pouco - E da pessoa que me deu ele. - Sol tira o sorriso.
Sol: Achei que... - Rafael levanta o rosto da menina.
Rafa: Não suporto viver sem você, Soledad. Não tem graça. - O coração da pequena acelera. - Você dava graça aos meus dias, me trazia felicidade. E agora? Não me resta mais nada, perdi tudo o que tinha.
Sol: Para de besteira, garoto. Você tem uma condição financeira muito boa, pais que te amam!
Rafa: Perdi a garota que eu sempre amei.. - Sol fica paralisada.
Sol: Rafael, não.. - Interrompida pelo garoto.
Rafa: Eu sinto muito por tudo o que eu te fiz sofrer, sinto muito por ter acreditado em alguém que não vale o pão que come... Sinto muito por ter te perdido, e, te quero de volta. Porque te amo, pequena. - Aproxima os lábios da amada, mas ela desvia.
Sol: Não, Rafael.
Rafa: Por que não? - Sua cara se entristece. - Não me ama mais?
Sol: Amo, claro que amo.
Rafa: Então, por que não, Sol?
Sol: Porque você não confiou na minha palavra, não confiou no que eu era pra você. Como acha que posso voltar com você, se não confia em mim? - Franze as sobrancelhas.
Rafa: Confio, sempre confiei, é q - Sol o interrompe bruscamente.
Sol: Não me diga que sempre confiou em mim, porque não é a verdade. Você nunca confiou em mim. - Ele hesitou falar, mas calou-se, concordando. - Se confiasse, ainda estaríamos juntos.
Rafa: Eu tinha acabado de voltar de viagem, e minha irmã chega e me diz que você pegou todos e foi pra balada... Te conhecendo como conheço, - Soledad fica surpresa com as palavras de Rafael. - acreditei.
Sol: Me conhecendo?? Rafael, você pensa que eu sou o que? Vagabunda, é?
Rafa: Não!! Nunca, nunca diria isso! É que você gosta de balada e tal..
Sol: E você acha que você estar fora me torna infiel ao ponto de ficar com outros caras? Rafael, depois de tudo o que passamos juntos, todas as lutas, tudo o que a sua irmã fez.. Você ainda acreditou nela? - Rafael pensa nas palavras da amada, e percebe que ela está certa. - Não vou ficar com alguém que não tem confiança em mim, não vou sofrer mais uma vez por culpa de alguém que não me deu valor. Não de novo.
Rafa: Só me responde uma coisa..
Sol: O que?
Rafa: Você ainda me ama? - Faz menção de responder, mas Rafael continua. - Me ama como me amava?
Sol: Te amo como nunca consegui amar ninguém, mas não volto pra você. Não vou sofrer mais. - Soledad sai, com o coração apertado, mais uma pequena lágrima escorre, porém a limpa, não quer mais chorar.
Rafa: Eu vou te reconquistar, Soledad, eu te prometo. - E sai para o treino.
Ao término dos blocos de aulas, María espera Sol na frente do
colégio e fica preocupada, a amiga demora muito a chegar. Sol aparece meio
cabisbaixa, e os olhos inchados.
Mary: Finalmente, Sol, tava fazendo o que? Meu avô já tá chegando,
vai pra minha casa?
Sol: Não sei, amiga, não estou muito bem... – Sol cai nos braços
de María.
Mary: SOL!! AJUDA, POR FAVOR!! – Os alunos veem Sol caída e vão
ajudar, Peche está saindo do colégio, quando vê uma pequena multidão, corre
para ver o que está acontecendo.
Peche: Licença, licença! - Vê María ajoelhada, com a cabeça de Sol
sobre as pernas. Peche se desespera. – María, SOL! O que aconteceu??? – Se
ajoelha ao lado da amiga.
Mary: N-não, sei, ela chegou e disse que não estava muito bem, e
apagou, do nada! Me ajuda a leva-la pra enfermaria, ela tá muito branca, Peche!
– Ele automaticamente levanta e pega a amiga nos braços, os dois correm para a
enfermaria, María liga para o avô e diz que vai demorar um pouco, ele pode
voltar pra casa.
Passado um tempo, na enfermaria, Peche e María estão preocupados. Júlia
aparece, os dois levantam rápido, María chega
a sentir um pouco de tontura, mas ignora.
Júlia: Calma, ela está bem. – Os dois soltam um “ufa” em uníssono,
sem perceberem. - A pressão só baixou, os olhos dela estão bem inchados, ela
andou chorando?
Mary: Não que eu saiba... Não nos vimos direito hoje. Tivemos
aulas separadas.
Júlia: Ela está com algum problema com um menino que gosta?
Porque, pelo jeito que os olhos dela estão, só chorando por um menino.. E ela
chorou muito. – A face de Peche
muda, ele sai sem dizer nada, e vai a procura de Rafael.
Mary: PECHE! – Mas ele ignora e sai da enfermaria. – Depois falo
com ele.. Posso vê-la, Júlia?
Júlia: Claro, María, pode entrar. Vou buscar algo pra essa menina
comer. Cuide dela.
Mary: Pode deixar, licença. – Entra na pequena sala, e vê a amiga
na maca. – Oi, lindinha, que susto você me deu, hein? – Acaricia o cabelo da
amiga e percebe os olhos, realmente, muito inchados e vermelhos.. Logo lhe veio
a cabeça Rafael. Entendera porque Peche saíra.
Peche anda feito louco atrás de Rafael. O encontra com um pouco do
time de basquete, e tira satisfações.
Peche: Rafael.
Rafa: Pechão, olha, eu e a galera estamos – Interrompido.
Peche: O que você fez pra ela? – Rafael não entende a
pergunta.
Rafa: Como assim, ela quem?
Peche: O que você fez pra ela estar daquele estado? – Rafael se
preocupa.
Rafa: Que estado? O que aconteceu? – Quase grita.
Peche: Ela desmaiou, seu idiota. Tá na maca da enfermaria, com os
olhos inchados de tanto chorar, e eu tenho certeza de que não foi porque ela
tirou nota 8 em Matemática. – Rafael se desespera. – O que você fez com a Sol,
Rafael? – Rafael esbranquece.