sexta-feira, 19 de abril de 2013

O que você fez pra ela?

Soledad para de chorar completamente, Rafa seca suas lágrimas e ela, num instinto de antes, o abraça, forte, como não querendo que aquele momento acabasse. Rafael a abraça, e Sol se aconchega em seus braços e os dois ficam ali, coração com coração, Sol no peito do amado, ouvindo seu coração. Rafael beija a cabeça de sua pequena, e volta a aconchegá-la. A chama estaria acendendo novamente?

Sol: Você tá usando o perfume que eu te dei.. - Se solta lentamente do abraço e sorri ao sentir o aroma.

Rafa: Gosto desse perfume.. - Sol sorri mais um pouco - E da pessoa que me deu ele. - Sol tira o sorriso.

Sol: Achei que... - Rafael levanta o rosto da menina.

Rafa: Não suporto viver sem você, Soledad. Não tem graça. - O coração da pequena acelera. - Você dava graça aos meus dias, me trazia felicidade. E agora? Não me resta mais nada, perdi tudo o que tinha.

Sol: Para de besteira, garoto. Você tem uma condição financeira muito boa, pais que te amam!

Rafa: Perdi a garota que eu sempre amei.. - Sol fica paralisada.

Sol: Rafael, não.. - Interrompida pelo garoto.

Rafa: Eu sinto muito por tudo o que eu te fiz sofrer, sinto muito por ter acreditado em alguém que não vale o pão que come... Sinto muito por ter te perdido, e, te quero de volta. Porque te amo, pequena. - Aproxima os lábios da amada, mas ela desvia.

Sol: Não, Rafael.

Rafa: Por que não? - Sua cara se entristece. - Não me ama mais?

Sol: Amo, claro que amo.

Rafa: Então, por que não, Sol?

Sol: Porque você não confiou na minha palavra, não confiou no que eu era pra você. Como acha que posso voltar com você, se não confia em mim? - Franze as sobrancelhas.

Rafa: Confio, sempre confiei, é q - Sol o interrompe bruscamente.

Sol: Não me diga que sempre confiou em mim, porque não é a verdade. Você nunca confiou em mim. - Ele hesitou falar, mas calou-se, concordando. - Se confiasse, ainda estaríamos juntos.

Rafa: Eu tinha acabado de voltar de viagem, e minha irmã chega e me diz que você pegou todos e foi pra balada... Te conhecendo como conheço, - Soledad fica surpresa com as palavras de Rafael. - acreditei.

Sol: Me conhecendo?? Rafael, você pensa que eu sou o que? Vagabunda, é?

Rafa: Não!! Nunca, nunca diria isso! É que você gosta de balada e tal..

Sol: E você acha que você estar fora me torna infiel ao ponto de ficar com outros caras? Rafael, depois de tudo o que passamos juntos, todas as lutas, tudo o que a sua irmã fez.. Você ainda acreditou nela? - Rafael pensa nas palavras da amada, e percebe que ela está certa. - Não vou ficar com alguém que não tem confiança em mim, não vou sofrer mais uma vez por culpa de alguém que não me deu valor. Não de novo.

Rafa: Só me responde uma coisa..

Sol: O que?

Rafa: Você ainda me ama? - Faz menção de responder, mas Rafael continua. - Me ama como me amava?

Sol: Te amo como nunca consegui amar ninguém, mas não volto pra você. Não vou sofrer mais. - Soledad sai, com o coração apertado, mais uma pequena lágrima escorre, porém a limpa, não quer mais chorar.

Rafa: Eu vou te reconquistar, Soledad, eu te prometo. - E sai para o treino.


Ao término dos blocos de aulas, María espera Sol na frente do colégio e fica preocupada, a amiga demora muito a chegar. Sol aparece meio cabisbaixa, e os olhos inchados.

Mary: Finalmente, Sol, tava fazendo o que? Meu avô já tá chegando, vai pra minha casa?

Sol: Não sei, amiga, não estou muito bem... – Sol cai nos braços de María.

Mary: SOL!! AJUDA, POR FAVOR!! – Os alunos veem Sol caída e vão ajudar, Peche está saindo do colégio, quando vê uma pequena multidão, corre para ver o que está acontecendo.

Peche: Licença, licença! - Vê María ajoelhada, com a cabeça de Sol sobre as pernas. Peche se desespera. – María, SOL! O que aconteceu??? – Se ajoelha ao lado da amiga.

Mary: N-não, sei, ela chegou e disse que não estava muito bem, e apagou, do nada! Me ajuda a leva-la pra enfermaria, ela tá muito branca, Peche! – Ele automaticamente levanta e pega a amiga nos braços, os dois correm para a enfermaria, María liga para o avô e diz que vai demorar um pouco, ele pode voltar pra casa.

Passado um tempo, na enfermaria, Peche e María estão preocupados. Júlia aparece, os dois levantam rápido, María chega  a sentir um pouco de tontura, mas ignora.

Júlia: Calma, ela está bem. – Os dois soltam um “ufa” em uníssono, sem perceberem. - A pressão só baixou, os olhos dela estão bem inchados, ela andou chorando?

Mary: Não que eu saiba... Não nos vimos direito hoje. Tivemos aulas separadas.

Júlia: Ela está com algum problema com um menino que gosta? Porque, pelo jeito que os olhos dela estão, só chorando por um menino.. E ela chorou muito. – A face de Peche muda, ele sai sem dizer nada, e vai a procura de Rafael.

Mary: PECHE! – Mas ele ignora e sai da enfermaria. – Depois falo com ele.. Posso vê-la, Júlia?

Júlia: Claro, María, pode entrar. Vou buscar algo pra essa menina comer. Cuide dela.

Mary: Pode deixar, licença. – Entra na pequena sala, e vê a amiga na maca. – Oi, lindinha, que susto você me deu, hein? – Acaricia o cabelo da amiga e percebe os olhos, realmente, muito inchados e vermelhos.. Logo lhe veio a cabeça Rafael. Entendera porque Peche saíra.

Peche anda feito louco atrás de Rafael. O encontra com um pouco do time de basquete, e tira satisfações.

Peche: Rafael.

Rafa: Pechão, olha, eu e a galera estamos – Interrompido.

Peche: O que você fez pra ela? – Rafael não entende a pergunta.

Rafa: Como assim, ela quem?

Peche: O que você fez pra ela estar daquele estado? – Rafael se preocupa.

Rafa: Que estado? O que aconteceu? – Quase grita.

Peche: Ela desmaiou, seu idiota. Tá na maca da enfermaria, com os olhos inchados de tanto chorar, e eu tenho certeza de que não foi porque ela tirou nota 8 em Matemática. – Rafael se desespera. – O que você fez com a Sol, Rafael? – Rafael esbranquece.
















terça-feira, 26 de março de 2013

A garota que eu amei e ainda amo.

María fica sem saber o que dizer: E confia em mim? Mesmo me conhecendo a pouco tempo?

Peche: É estranho, mas, sim. Sinto que posso confiar em você. - Abre um sorriso encantador, María sorri junto. - Por que essa carainha?

Mary: Também sinto que posso confiar em você. - Reinaldo se perde no sorriso de María.

Rafael fica sem saber o que dizer, fica paralisado, as palavras do antigo amor voltam e voltam a sua mente, nunca pensaria que 7 palavras indas da boca da "coisa" o afetariam tanto... Doeu, isso não podia negar. Sol anda pelos corredores com os olhos cheios de lágrimas, ele se preocupara com ela, em 2 anos sem palavras de carinho ou amizade, apenas palavras que magoavam-os, finalmente ficaram perto o suficiente para que o coração dos dois batem-se mais forte. Mais lágrimas escorrem, mas seca-as quando chega perto de Kimy.

Kimy: Own, a anã tá chorando, é? Que foi? Acabou o estoque de suprimento pra você crescer, foi?

Sol: Não é da sua conta, loira aguada. Me dá licença. - Tenta passar, mas a loira a impede.

Kimy: Ai, por que tão agressiva? Como tudo isso cabe em você, Solzinha?

Sol: Kimberly, sai! - Rafael anda pelos corredores pensativo e vê as duas se enfrentando, ou melhor, sua irmã e sua pequena. - Não quero arrumar briga, por favor, me deixe ir. - Eleva a voz, e os alunos param..

Kimy: Mas por que, Solzinha? Vamos, me conta, te deram um fora, foi? É, você não é tão agradável aos olhos... Porém, continue tentando! - Os alunos só olham a briga.

Sol: Sai da frente, princesinha de cabaré, ou eu - Interrompida.

Kimy: Você o que, vagabunda? Vai beijar a boca de mais um garotinho lixo? Porque, pra ficar com você tem que gostar de lixo mesmo. Se liga, Soledad, vagabunda feito você, encontra-se em qualquer esquina. - Os alunos incentivam com um "Uhhhh", Rafael se aproxima depressa.

Sol: Eu vou esmurrar sua cara se você não calar a boca, sua idiota!

Kimy: Com esse tamanho todo? Só alcança o chão! - Vê Rafael se achegando - E olha lá o cavaleiro de armadura! Veio defender a ordinária, Rafael? Não se cansou de ser corno?

Rafa: Não fala assim dela, Kimberly.

Sol: Eu sei me defender, Rafael, obrigada. - Se vira para a loira. - Você é uma idiota, Kimberly.

Kimy: Eu tenho um pai, tenho pra quem voltar pra casa. - Sol é atingida e seus olhos voltam a encher-se de lágrimas. - E você? Vive num orfanato, rodeada de crianças que não sabem nem quem são, e você é mais uma delas. - "Cala a boca, garota!" - Sol grita, em meio a incentivos de alunos. - Você é uma pobretona órfã que não tem nem ideia de onde veio e tenta fingir que não liga, mas liga sim, orfãzinha.

Sol: Cala a boca, cala a boca, sua idiota, cala a boca! - Começa a chorar e grita e coloca as mãos nos ouvidos.

Kimy: Awn, vai chorar, neném? Chora pro papai... Ah é.. Você não tem um.

Sol: Você, você é um monstro, Kimberly, um monstro! - Soledad sai correndo e deixa os livros caírem, Rafael vai atrás dela, mas antes diz algo pra irmã.

Rafa: Ela pode não ter mãe, mas tenho certeza de que até a nossa mãe gosta mais dela do que de você. - Os alunos incentivam mais um pouco, Kimberly fica quieta com as palavras de Rafael.

Rafael segue Sol até ela parar de correr: Ai, que ódio, que ódio! - Chora sem parar, chora e chora até soluçar. - Monstro, monstro! - Rafael a alcança.

Rafa: Sol.. - Puxa a amiga e ela, automaticamente, corre para os braços dele. - Calma, calma, pequena.

Sol: Eu fui humilhada, ai, que dor no coração, que ódio, Rafael, que ódio. - Não consegue parar de chorar, Rafael se desespera ao vê-la daquele jeito. - O que eu fiz? O que eu fiz pra ela? Ai, que ódio. - Soluça e soluça, Rafael não consegue dizer nada. Rafael acaricia os cabelos dela, e a abraça com tanto amor e carinho que guardara já haviam 2 anos, senti-la novamente, tão perto.. Só queria que não acabasse.

Rafa: Ei.. - Se afasta um pouco de Sol e levanta seu rosto com os dedos, e vê um olhar triste, machucado, magoado. Havia ela chorado a noite inteira? Vê-la daquele jeito só o machucava ainda mais. - Você é especial, é única. Tem um sorriso encantador, uma risada contagiante e um coração do tamanho do mundo. O amor que sua mãe tem por você, supera tudo o que a idiota da Kimberly disse. E o amor que você tem por todos os seus irmãos do orfanato é muito maior do que qualquer ofensa. Eu sei disso, você é muito amada, minha linda, por todos ao seu redor. Você é maravilhosa, Soledad, um anjo. - Seca as lágrimas da garota, que começa a parar de chorar. - Nunca acredite em nenhuma palavra que venha de ninguém que queira só o mal, você nunca será nada do que aquela idiota disse. Seus irmãos e irmãs te amam mais que tudo no mundo, e sua mãe também, não é de sangue, mas cuidou de você desde criança, e te ama com todas as forças que tem. Não deixe alguém como a Kimberly te dizer coisas como essa, você é muito mais do que essas pessoas. Você é Soledad Rodriguez, a garota por quem eu me apaixonei, a garota que eu amei e ainda amo. Ainda que tudo corra para que não fiquemos juntos, não vou mais te magoar, vou cuidar de você, como sempre disse que o faria. Vou te amar, como deveria ter feito há muito tempo atrás. E nunca se esqueça, que você é um anjo na vida de todos que te rodeiam, e na minha também, pra sempre minha.





sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Porque um dia me apaixonei por você.

María balança a cabeça, tentando afugentar o pensamento ruim que lhe vinha a cabeça e anda pelo corredor, distraída e acaba esbarrando em...

Mary: Ai, desculpa. - Olha para Peche - De novo? - Sem perceberem, os dois falam juntos, risadas uníssonas, e María abre o sorriso que Peche tanto gosta - Não devia estar com o time? - Os dois param em frente aos armários e conversam.

Peche: Ahn, não tô com cabeça.. E você? O que faz andando sozinha por esses corredores?

Mary dá uma risadinha de leve: Nada... Só andando por aí, até tocar o sinal, rs.

Peche: Vem, quero te mostrar uma coisa. - Pega na mão de María e vão em direção ao telhado.

Em algum lugar do colégio, Sol relembra uma conversa que teve com Rafael:

"Minha baixinha, pra sempre, ouviu?"
"Sempre? - Abrindo um leve sorriso."
"Você acredita em mim? - Segura o rosto de Sol com a ponta dos dedos e olha fixamente em seus olhos."
"Acredito."
"Então, tenha certeza, de que, enquanto o meu coração bater, eu sou seu e você é minha. E nada, nem ninguém vai mudar isso, entendeu?"
"Mas e quanto à - Interrompe-a colocando os dedos em seus lábios."
"Nada, nem ninguém. - Sol abre um sorriso e o beija, apaixonadamente - Pra sempre minha."

Sol: "Pra sempre minha" - repete as últimas palavras com lágrimas escorrendo e uma voz triste. - Rafael aparece, procurando por Peche e encontra Soledad no chão, chorando. Sente um aperto no coração. Pensa em ir falar com sua "baixinha", mas afasta esse pensamento. Sol percebe a presença do ex e logo enxuga as lágrimas, se ajeita e levanta rapidamente. - Licença. - Tenta sair mas Rafael à impede. - Me deixa passar.

Rafa: Por que tava chorando?

Sol: Não é da sua conta. - Tenta sair, mas ele segura seu braço - Rafael, me deixa passar!

Rafa: Por que estava chorando? - Repete, com um tom de preocupação na voz.

Sol: Pra que quer saber? Hã? Por um acaso se importa? - Responde com raiva e lágrimas nos olhos.

Enquanto isso, Peche e María chegam na escada que dá acesso ao telhado: Pra onde está me levando? - Peche tampa os olhos de María e ela sorri - Peche! - Sobem as escadas, Peche cuida para que ela não caia.

Peche: Fica quieta, haha, chegamos... - Tira as mãos e María vê a vista mais linda que já vira em toda a vida. O telhado do colégio, tinha uma vista para as praias da Califórnia, e o dia estava bem azul, e o telhado, possuía folhagens belas, um banco, rosas... Um lugar lindo.

Mary: Uau, que.. Lindo. - Boquiaberta - Como descobriu isso tudo? - Encosta na ponta da sacada.

Peche: Ah, quando se estuda no mesmo colégio durante 5 anos, tem que bisbilhotar por aí e descobrir algo que não seja monótono, igual a escola. - Fica ao lado de María - Descobri esse lugar por acaso, e venho aqui pra relaxar, pensar. - Olhando para o horizonte.

Mary: É realmente lindo, Peche... - Ainda impressionada com a beleza - Tem esse lugar todinho pra você?

Peche: Nunca confiei ao máximo, em ninguém, pra mostrar isso aqui. - María é pega de surpresa.

Em outro canto do colégio....

Rafa: Eu.... - Nervoso - Responde logo, Soledad, por que tava chorando?

Sol: Porque um dia me apaixonei por você. - Rafael solta o braço de Sol e ela sai, enxugando as lágrimas.

Rafael fica paralisado, sem saber o que dizer, as palavras de Sol o afetaram, profundamente.











quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Não sinto nada há dois anos.

No intervalo de aulas, os alunos vão todos para o pátio e María está com Sol e Isabella tomando um lanche, Peche, Rafael e o time de basquete se encontram à algumas mesas de distância, Rafa não para de admirar a aluna nov e isso começa a irritar Peche, nem ele sabe o porquê, mas irrita.

Peche: Rafael, para de olhar, caramba! A garota vai ficar constrangida.

Rafa: Ei, calma, parceiro! Olhar não tira pedaço, e além do mais, ela é solteira, livre e desimpedida... E eu também. Nada nos impede, não é? Por que essa irritação toda, chapa? Relaxa aí. - Andrés percebe a irritação de Peche e Rafael volta a encarar María.

Peche: Rafael, nenhuma garota gosta de - Interrompido.

Rafa: Os incomodados que se retirem. - Peche bate na mesa e sai bufando, faz um barulho e até as meninas olham, María fica sem entender e volta a conversar com as amigas. - Eu, hein, o que deu nele? - Andrés da uma risadinha de canto de boca.

Sol percebe as olhadas de Rafael para María e não deixa de sentir um pouco de... incômodo?

Sol: É, amiga, parece que você despertou corações há muito adormecidos por aqui.

Mary: Como é? Que papo é esse?

Isa: Dor de cotovelo, Mary, ou ciúme mesmo.

Sol: Do Rafael? Ah, me poupe, Isabella. Não temos mais nada.

Mary: Senti uma pontada de tristeza nessa última frase ou é impressão?

Isa: Como sabia que era do Rafel que eu tava falando, Soledad?

Sol: Vo-você citou o nome dele, né? - Nervosa.

Mary: Acho que não, Sol...

Sol: C-claro que sim, ah, parem de me confundir! Não tenho nada com o De La Fuente, nem nunca deveria ter tido. - Sai com raiva.

Mary: Nossa, foi tão ruim assim a separação?

Isa: Mais do que ruim, pequena, foi péssima. - Isabella pega a bolsa e sai, María fica pensativa e seu celular toca, vê quem é e atende, e vai andando conversando ao telefone.

Jena: Olá, Mary! Como vai a Califórnia?

Mary: Oi, Dra. Jena! Vai tudo bem, graças a Deus. O que me conta de novo?

Jena: María... Eu te liguei pra saber se você não tem sentido mais nada, se está tomando os remédios e fazendo a dieta que te passei.

Mary: Ah, estou sim, Jena. Não esqueço nenhum dia, mas por que a preocupação?

Jena: Sua avó me ligou e disse que bateu a cabeça com força no colégio, é verdade?

Mary: Ah, sim, é verdade, sim. Tive um pequeno incidente no primeiro dia, - sorri ao lembrar do acontecimento - bati a cabeça no armário de um colega meu, fiquei inconsciente por um tempo, eu acho... Mas a enfermeira cuidou de mim, tá tudo bem.

Jena: Sabe que não pode sofrer essas grandes pancadas. Você sabe que - Interrompida

Mary: Jena, fica calma, eu tô bem! Não sinto nada há dois anos, não creio que as sequelas voltem a aparecer, ainda mais porque estou fazendo o tratamento certinho... Cumprindo tudo o que me mandou. Relaxa, se voltarem, eu te ligo, tá bem? Beijos, fica tranquila. - Desliga o telefone e fica mexendo nele, batendo na mão às vezes, preocupada se os sintomas voltariam, e tudo aconteceria novamente.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Você é linda quando sorri.

Os cinco conversam durante todo o intervalo, todos gostam muito de María. Andrew se junta ao time de basquete, mas WIlly fica.

Isa: Então.. Já conheceu as coisas por aqui?

Mary: Ainda não, cheguei fazem apenas dois dias.. E eu fico em casa pra ajudar meus avós com as coisas. Meu avô trabalha, então sobra pra mim ajudar a minha avó.

Sol: Temos que te colocar nas colunas sociais, María! Hahaha.

Isa: Soledad e suas colunas sociais. Liga não, ela é assim mesmo. Mas, cara, cê tem que ir às prais daqui, aos restaurantes, bares, festas...

Sol: JÁ SEI! - Sol levanta num pulo e assusta todos na mesa, os alunos em volta olham, inclusive Peche e os jogadores, María começa a rir e esconde o rosto.

Willy: Soledad, senta. - Willy a puxa para baixo.

Sol: Sexta vai ter balada.

Isa: Ah é, tô sabendooo. Soledad só ligada nas balada da cidade, mereço.

Willy: Baladeira que só. Depois do que aconteceu.

Sol: Cala a boca, Martin.

Willy: Estressa não, baixinha. É a verdade. Se não fosse à tantas festas, ele acreditaria em você.

Sol: Me amar seria o bastante, confiança seria o bastante. Mas nem isso tinha.

Willy: Se você - interrompido por Isabella.

Isa: Ah, cheia, tô de saco cheio desse assunto, coisa chata vocês dois. Vamos ou não???

Sol: Vamos. Você vai, né, Mary?

Mary: Tenho que ver com a minha avó. Mas, não tenho roupa.

Sol: Quanto à isso, fique tranquila. Então, fechou baladinha na sexta? - Animada.

Isa: Sim, né. Tô doida pra dançar. Vou com o Andrew, e vocês?

Willy: Já sabem a minha opinião, mas eu vou.

Sol: Arranjo carona pra Mary e pra mim, tranquilo.

Isa: Para de ser quadrado, Martin. Tá legal. Vou ver com os meninos se eles vão. - Isa levanta e vai ao encontro do namorado e do time de basquete.

Enquanto isso, Peche e os meninos pensam nos próximos jogos do campeonato. Isabella chega.

Andrew: Oi, gata! - Beija a namorada.

Isa: Eu e as meninas vamos sexta lá no La Boile, topa?

Andrew: Opa, claro! O que há de melhor pra comemorar a volta às aulas?

Isa: Não vai aprontar, né?

Andrew: Ih, Isabella, regular não, né! - Ela revira os olhos.

Isa: Não quer que aconteça tudo de novo, ou quer?

Andrew: Relaxa, Isabella, eu mudei.

Isa: Aham. - Andrew dá um tapinha na testa da namorada - Cê vai, Zavarce?

Peche: Sei lá. Quem vai?

Isa: Sol, eu e a aluna nova... María. - Peche fica interessado, mas disfarça. Já Rafael.

Rafa: A gostosa vai? Tô dentro! - Bate nas mão dos colegas de time. Peche faz um não com a cabeça.

Isa: Manera, Rafael.

Peche fica contente em saber que a "tontura" estará na festa. Toca o sinal e os alunos voltam para as salas, María vai para o armário e, novamente, tromba com Peche e derruba os livros. Ele a ajuda a pegá-los.

Mary: Mas gosta de me fazer cair, né? - Assoprando um fio de cabelo que caiu em seu rosto.

Peche: Você que vive no meu caminho, tonta. Quer ajuda?

Mary: Por favor, rs. - Peche pega um pouco dos livros dos braços de Mary e os dois seguem a caminho da aula de Matemática.

Peche: Fiquei sabendo que tu vai na La Boile, sexta.

Mary: As notícias correm soltas, hein. Haha, não é certeza. Vou ver se meus avós vão precisar de ajuda, se não tiver nada o que fazer em casa, eu vou, caso contrário.

Peche: Acho super legal esse teu jeito família. De sempre ajudar teus avós e tal.

Mary: Nossa, obrigada, hehe. A maioria dos meus amigos acha meio antiquado. Mas, eu gosto de ajudá-los. Eles estão fazendo tanto por mim.. É o mínimo que posso fazer. - Abre um sorriso meigo.

Peche: Você é linda quando sorri. - María cora e Peche percebe o que fez - Q-quer dizer.

Mary: Obrigada, rs. - Os dois chegam na sala e María pega seus livros. Sentam-se.

Sol: Tenho uma ideia pra tua roupa de sexta, é um vestido mara que eu vi um dia desses.

Mary: Ah, legal... Podemos ir ver na quarta, não tenho nada pra fazer.

Sol: Tá certo, vamos no shopping, então.

Mary: Aham. - Abre um sorrisinho e se lembra das palavras de Peche " Você é linda quando sorri", abre um sorriso maior ainda. E mecha na ponta dos cabelos.

Sol: Que horas amanhã? - Não recebe resposta. - Mary? - Nada ainda. - MARÍA? - Mary dá um pulo.

Mary: Ai, não me assusta, Soledad.

Sol: Tá no mundo da lua, amiga?

Mary: Como assim?

Sol: A que horas amanhã, tontura?

Mary: Tontura?

Sol: Ai, María, já vi que hoje não sai nada da tua cabecinha. - As duas riem.

María e Reinaldo pensam um no outro durante o resto da aula... E do dia.









Estou gostando daqui.


No segundo dia, Peche encontra-se ansioso, não sabe o porquê, mas quer muito chegar cedo ao colégio, ele está, realmente, contente com a volta às aulas. Estranho, era assim que se sentia, mas “é  um estranho bom” pensava ele. Chegando na entrada do colégio, encontra Rafael.

Rafa: Eaê, carinha, pronto pro segundo dia?

Peche: É, vamo lá, né? – Abraça o amigo e os dois entram no colégio.

Os dois caminham pelos corredores do colégio, e dão de cara com María e Sol conversando perto dos armários, as duas pareciam estar dizendo algo engraçado, pois as duas não paravam de rir, María tinha o sorriso doce, bondoso e maravilhoso, nos pensamentos e Peche, o sorriso mais lindo que já vira na vida. Mas, espere, por que estava imaginando essas coisas? Será que? Não, claro que não, ela é só mais uma agarota em sua vida, não, não podia ser.
Perdido em pensamentos, Peche sente o cutucão do amigo, Rafael.

Rafa: É ela, Peche.

Peche: Ela quem, Rafael?

Rafa: A garota que eu te falei, é aquela conversando com a coisa.

A coisa”, ele estava se referindo à Sol, os dois viveram um lindo romance, porém Kimberly, sua irmã, estragara tudo dizendo que, Sol, enquanto o irmão estava em uma viajem com o time de basquete do colégio, havia saído com vários alunos do colégio, e ido à várias festas badaladas da Califórnia. Peche nunca acreditara nessa história, porém, Rafael era muito cabeça dura. Enfim.

Peche: A, a tontura? Quero dizer, María? É nela que- que tá interessado? – Soou um pouco falhada sua voz, por que disso?

Rafa: Você a conhece???

Peche: Nos conhecemos com um pequeno incidente. – Ele sorri ao lembrar do dia anterior.

Rafa: Ela é muito linda... – Mordendo os lábios.

Peche: Não tá pensando em pegar ela, ou tá?

Rafa: Meu amigo, essa daí eu pego e pego muito.

Peche: Rafael, ela não é desse tipo. Não pode simplesmente usá-la e depois jogá-la fora. Ela merece alguém que cuide dela. Você só vai – Interrompido.
Rafa: Que isso, mano? Percebeu o que você tá falando? Vou dar uma chegadinha nela, conversar, levar pra balada.. E vamos ver no que vai dar.

Peche: Mas ela é amiga da Sol, cara, a Sol!! – Tentando colocar algum juízo na cabeça do amigo.

Rafa: Não tenho mais nada com essa garota. O que ela fez foi muito pior.

Peche: Não acredito que você realmente levou fé no que a tua irmã disse da Soledad. Cara, justo a tua irmã? Você sabe o quanto ela e a Sol brigavam. Você sabe o quanto ela aprontou só pra te ver longe dela. Tem certeza de que não sente mais nada por ela? Pensa bem, Rafa, você era louco por essa garota, não parava de falar nela, na viagem.. Vai mesmo deixar que a Kimberly estrague tudo de bonito que você viveu ao lado dela? Tem certeza mesmo?

Peche conseguiu deixar Rafael pensativo, e o amigo desistiu de tentar pegar a nova aluna, mas o seu interesse era verdadeiro, realmente havia gostado de María, e queria conhece-la, por mais que Peche não gostasse, mas Rafael jamais iria saber que estava interessado na mesma garota de seu melhor amigo. Peche o amava demais para brigarem por um “rabo de saia”. O sinal toca e eles vão para a sala. O professor de Estudos Sociais entra na sala, e as meninas suspiram, María ri, e Peche a olha... Como podia ser tão linda? Em meio as risadas os olhares dos dois se encontram. E María abre um sorriso meigo e delicado, e assente com a cabeça. Ao tocar o sinal, María sai com Sol e as duas vão para a mesa do almoço, pegam sua comida e dirigem-se à mesa onde estão os amigos de Sol, ela logo os apresenta.

Sol: Mary, esses são Isabella, Andrew e Willy, pessoal, essa é a María, ela é lá da cidade grande. – As duas se sentam nos bancos.

Isa: Hm, Nova York.

Mary: Isso.

Isa: E o que veio fazer na Califórnia? Sair de, pra vir pra ?

Mary: Meus pais mudaram-se pra outro país, por conta do trabalho. E eu não queria deixar a América, vim morar com os meus avós. E meu irmão faz faculdade em Manhattan, vai vir me visitar nas férias dele. O clima é meio difícil de me acostumar, porém estou gostando daqui – vê Peche passando com o time de basquete – gostando muito mesmo daqui. – Abre um sorriso.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

O meu nome é María Gabriela.

María entra na sala e vai para o fundo, como sempre, senta-se atrás de Soledad, que logo começa a fazer amizade, já que é a mais hiperativa, arteira, engraçada da sala. Peche vem logo atrás e senta-se no meio da fileira, ao lado de Kimberly, que logo o beija na bochecha, ele dá um riso frouxo e começa a conversar com Rafael, que não para de prestar atenção na linda morena de mechas loiras que acabara de sentar atrás de sua, digamos, inimiga.

Sol: Oi, você é a María, né? Prazer, eu sou a Soledad. Nossa, você é muito mais bonita pessoalmente! E baixinha, não tanto quanto eu, né? Mas é baixinha, hahaha. O que foi isso na sua testa?? - Sol dispara a falar e María fica doida e começa a rir, e tampa a boca de Sol.

Mary: Nossa, como você fala, hein?? - tira as mãos da boca da colega - Hahaha, prazer. E, como sabe o meu nome?

Sol: Sou meio que a relações públicas do terceiro, rs. Sei o nome dos alunos novos, de onde vieram.. Sou bem informada, tudo pra fazer uma boa festa de formatura!

Mary: Ah, tá... Então sabe que não sou daqui, né?

Sol: É lá da cidade grande. Sempre quis ir pra lá... Como é?

May: É grande e.... Gelada. Bem diferente daqui, não tô me aguentando de calor!

Sol: Ihhh, logo cê acostuma! Mas, eaí, o que houve com a tua testa???

Mary: Ah, um pequeno acidente de percurso, rs. - Lança um olhar para Peche e percebe que o mesmo a olha, vira o rosto e sorri, ele faz o mesmo e volta a conversar com o amigo, Sol percebe e ri.

Rafa: Cara, quem é a aluna nova?

Kimy: Fecha a boca, Rafael, vai babar.... Pechinho, vamos ou não ao cinema hoje?

Peche: Nem vai dar, Kimberly. Vou treinar com os meninos, campeonato tá chegando.

Kimy: Então, marcamos pra outro dia? Cê tá me devendo cine desde o ano passado, gato. :c

Peche: Tá, a gente vê. - Dá um tapa na cabeça de Rafael, que não para de olhar para María. - Disfarça pelo menos, bestão!

Rafa: AI, PECHE! - Grita e todos olham para ele. - Mal, galera, rs.

María ri da cara de Rafael e Sol revira os olhos, todos voltam a conversar.

Rafa: Mano, doeu!

Peche: Velho, pelo menos disfarça. Cê tá de boca aberta, quase babando. A garota vai se assustar.

Rafa: É que, ela é muito gata, olha isso, perfeição do céu, ai papai... - Beija os dedos.

Kimy: Para de ser besta, Rafael.

Rafa: Kimberly, já aprendeu a não se meter onde não é chamada?

Kimy: GROSSO. - Kimy volta-se para sua fileira.

Peche: O amor fraternal... Mas, diz aí, quem é a gata? - Procurando na sala, muitas alunas novas bonitas, mas apenas uma em que ele se interessara... Coincidência ser a mesma de Rafael.

Rafa: É a de - Interrompido com a chegada do professor de Estudos Sociais - depois te mostro.

Peche ri e vira para frente, sem antes dar uma olhada para a "tontura". Na hora do intervalo, Peche vai para a quadra treinar alguns arremessos, e María se afasta de Sol e vai conhecer o colégio. Acaba vendo Peche e vai para a quadra. Peche está sem camisa, María se impressiona, mas faz cara de que não liga. Peche percebe a presença dela e logo sorri.

Peche: Tontura? Veio ver o mestre dos mestres jogando? - Abre os abraços, com a bola em uma das mãos e abre um sorriso lindo, difícil de María se controlar.

Mary: Haha, tão engraçadinho... Mas, não, saí pra conhecer o colégio, e vi que alguém estava jogando, vim ver quem era, rs. Então, você é o capitão do time de basquete? - Pega a bola das mãos de Peche.

Peche: Digamos que sim, rs. E você, conhece esse instrumento em suas mãos? Se chama bola, e é pra se jogar na sexta, aquela coisa com uma redinha, sabe?

Mary: Ai, Peche, tão engraçado. - María joga a bola e faz uma sexta... De três pontos.

Peche: Uouuuuuuuuu, tu joga, tontura?

Mary: Jogava, mas perdi a prática.

Peche: Quando vai me falar seu nome?

Mary: Por que quer tanto saber o meu nome, garanhão?

Peche: Não posso querer saber?

Mary: Mereça saber o meu nome, talvez, algum dia eu te diga. Beijo! - María manda um beijo no ar e sai. Peche sorri e abaixa a cabeça, que garota diferente, e ao mesmo tempo, muito interessante.

Ao término do primeiro tempo, Peche encontra Rafael, e os dois estão no corredor, e vão para a sala, onde María já está sentada, ouvindo música, apenas ela e alguns alunos na sala. O coração de Rafael dispara, e, sem perceber, o de Peche também. Quem era essa garota tão misteriosa? Essa garota que o estava fazendo se interessar tanto? María começa a mexer as mãos, como se estivesse tocando bateria, e, na concepção de Peche, ficava ainda mais linda assim. Os alunos começam a entrar e a aula começa. O dia passa, as aulas também, toca o sinal do término, María pega sua bolsa e sai, com Sol. William liga e diz que não poderá buscar María, ele pergunta se ela pode ir andando até em casa, ela diz que sim e desliga. Se despede de Sol e vai andando até em casa. Peche está atrás dela, e vai ao encontro dela.

Peche: Tontura!!

Mary: Ah, você?? Anda me seguindo por aí, é? Olha, vou acabar estranhando e vou chamar a polícia!

Peche: Nossa, que radical! - Peche brinca com o cabelo de María - Mas, eaí, tontura, gostou do primeiro dia? Sei que me conheceu e tal, mas tiveram outras coisas legais... Não tanto como eu, MAS!

Mary: Ai, mas é muito convencido!!!!! - Dá uma gargalhada - Amei o colégio inteirinho, menos a parte do rombo na minha testa. - Aponta para o curativo.

Peche: A culpa não foi minha! - Levanta as mãos em sinal de inocência.

Mary: Claro que não, foi minha. Sou muito afobada, corro mesmo e acabo sendo desastrada, rs. Obrigada mais uma vez por ter me levado à enfermaria.

Peche: Por nada, tontura. Só toma cuidado da próxima vez que pensar em correr pelo pátio, posso não estar lá quando você cair, o que eu não gostaria nem um pouco.

Mary: Não gostaria do que?

Peche: De ter outro alguém pra te segurar quando você cair. - O coração de María acelera e ela abre um sorriso involuntário, e seus olhos brilham, vê que já chegou em sua casa.

Mary: É.. Cheguei, obrigada por vir comigo, mesmo que não estivesse em seus planos, rs. Não gosto de vir sozinha pra casa.

Peche: Que isso, tonts. Até amanhã! Cuidado pra não cair, posso não estar por perto.

María sobe as escadas da varanda e vira-se para Peche: María, o meu nome é María Gabriela. - Abre a porta e vai direto para o quarto.